sexta-feira, 24 de junho de 2011

Solenidade dos Sagrados Corações de Jesus e Maria : 01 e 02 de Julho

A Igreja celebra hoje a solenidade do SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, fonte de onde jorrou toda justificação e salvação dos nossos pecados. Coração Humano e Divino, mistério aberto na cruz, nascente de água viva e causa de nossa cura e libertação. O Sagrado Coração de Jesus é abismo da misericórdia para nós. No sábado, a Igreja simultaneamente uniu os dois corações, celebra-se o IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA. Esse Imaculado Coração esta prestes a triunfar sobre todo mal, é refugio para os pecadores e para aqueles que buscam a cura no seu Filho Jesus.


Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. (Cf. Mt 11,28-30).
Quero apresentar para você um terço que uni os Dois Corações a clamar pela nossa cura interior e libertação de todo o mal, que aprendi num retiro:
No inicio reza-se 1 Pai Nosso, 3 Ave-Marias e Glória.
Nas contas do Pai Nosso reza-se: “Na inocência de minh’alma entrego-me inteiramente a Vós e de Vós tudo espero, ó Sacratíssimos Corações de Jesus e Maria”.
Nas contas das Ave-Marias, em cada dezena reza-se 10 vezes clamando a cura e a libertação:
Dezena: Ó Sacratíssimos Corações de Jesus e de Maria, curai-nos com Vosso Amor.
Dezena: Ó Sacratíssimos Corações de Jesus e de Maria, curai os que estão caídos pelo caminho.
Dezena: Ó Sacratíssimos Corações de Jesus e de Maria, ensinai-nos a amar como Vós amais.
Dezena: Ó Sacratíssimos Corações de Jesus e de Maria, ensinai-nos a amar para curar.
Dezena: Ó Sacratíssimos Corações de Jesus e de Maria, ajudai-nos a amar o que o Pai ama, querer o que Ele quer e rejeitar todo o mal.
Ofereço-vos, ó meu Deus, neste dia, em união com o Santíssimo Coração de Jesus, por meio do Imaculado Coração de Maria, as orações e o trabalho, as alegrias e o descanso, as dificuldades e os sofrimentos desta vida, em reparação das nossas ofensas, e por todas sa intenções, pelos quais o mesmo Divino Coração está continuamente a interceder e a sacrificar-se por nós em nossos altares. Eu Vos ofereço, em particular, pelas intenções da Vossa Santa Igreja e por nossa Comunidade e nossa família. Amém.
Oração Final:
Terminemos cantando essa canção da Comunidade Recado, que nos ajuda muito a rezar: 
Se você esta cansado sem lugar pra repousar,
Venha ao Coração Sagrado de Jesus que aberto esta.
Pode então entrar até descansar, teu Deus ai espera e quer te amar.
Curar tuas feridas, tirar a solidão,
Reconstruir com zelo tudo que está no chão.
Te dar muito carinho, alegre-se irmão,
Felicidade não é ilusão.
A Verdadeira felicidade está no manancial dos Corações de Jesus e de Maria.
Clique em comentários e deixe os seus pedidos de orações.
Minha benção fraterna conte com minhas orações.
Padre Luizinho, Com Canção Nova.

terça-feira, 21 de junho de 2011

MILAGRES EUCARÍSTICOS

A revista “Jesus” das Edições Paulinas de Roma, publicou uma matéria do escritor Antonio Gentili, em abril de 1983, pp. 64-67, onde apresenta uma resenha de milagres eucarísticos. Há tempos, foi traçado um “Mapa Eucarístico”, que registra o local e a data de mais de 130 milagres, metade dos quais ocorridos na Itália. São muitíssimos os milagres eucarísticos no mundo todo. Por exemplo, Marthe Robin, uma francesa, milagre eucarístico vivo, alimentou-se durante mais de quarenta anos só de Eucaristia. Teresa Newmann, na Alemanha, durante mais de 36 anos alimentou-se só de Eucaristia. 
         1 – Lanciano – Itália – no ano 700 
         
Em Lanciano – séc. VIII. Um monge da ordem de São Basílio estava celebrando na Igreja dos santos Degonciano e Domiciano. Terminada a Consagração, que ele realizara, a hóstia transformou-se em carne e o vinho em sangue depositado dentro do cálice. O exame das relíquias, segundo critérios rigorosamente científicos,, foi efetuado em 1970-71 e outra vez em 1981 pelo Professor Odoardo Linoli, catedrático de Anatomia e Histologia Patológica e Química e Microscopia Clínica, Coadjuvado pelo Professor Ruggero Bertelli, da Universidade de Siena. Resultados: 
1) A hóstia é realmente constituída por fibras musculares estriadas, pertencentes ao miocárdio.  
2) Quanto ao sangue, trata-se de genuíno sangue humano. Mais: o grupo sangüíneo ‘A’ que pertencem os vestígios de sangue, o sangue contido na carne e o sangue do cálice revelam tratar-se sempre do mesmo sangue grupo ‘AB’ (sangue comum aos Judeus). Este é também o grupo que o professor Pierluigi Baima Bollone, da universidade de Turim, identificou no Santo Sudário. 
3) Apesar da sua antigüidade, a carne e o sangue se apresentam com uma estrutura de base intacta e sem sinais de alterações substanciais; este fenômeno se dá sem que tenham sido utilizadas substâncias ou outros fatores aptos a conservar a matéria humana, mas, ao contrário, apesar da ação dos mais variados agentes físicos, atmosféricos, ambientais e biológicos.                  
2 – Orvieto – Bolsena – Itália – 1263         Inicio da Festa de Corpus Christi 
         

3 – Ferrara – 28/03/1171 
         Aconteceu este milagre na Basílica de Santa Maria in Vado, no século XII. Propagava-se com perigo a heresia de Berengário de Tours (†1088), que negava a Presença real de Cristo na Eucaristia. Aos 28 de março de 1171, o Pe. Pedro de Verona, com três sacerdotes celebravam a Missa de Páscoa; no momento de partir o pão consagrado, a Hóstia se transformou em carne, da qual saiu um fluxo de sangue que atingiu a parte superior do altar, cujas marcas são visíveis ainda hoje.          Há documentos que narram o fato: um “Breve’ do Cardeal Migliatori (1404). – Bula de Eugênio IV (1442), cujo original foi encontrado em Roma em 1975. Mas, a descoberta mais importante deu-se em Londres, em 1981, foi encontrado um documento de 1197 narrando o fato. 
         
4 – Offida – Itália – 1273 
         Ricciarella Stasio – devota imprudente, realizava práticas supersticiosas com a Eucaristia; em uma dessas profanações, a Hóstia se transformou em carne e sangue. Foram entregues ao pe. Giacomo Diattollevi, e são conservadas até hoje. Há muitos testemunhos históricos sobre este fato. 
         
5 – Sena – Cáscia –  Itália – 1330 
         Hoje este milagre é celebrado em Cássia, terra de Santa Rita de Cássia. Em 1330, um sacerdote foi levar o viático a um enfermo e colocou indevidamente, de maneira apressada e irreverente,  uma Hóstia dentro do seu Breviário para levá-la ao doente grave. No momento da Comunhão, abriu o livro e viu que a  Hóstia se liquefez e, quase reduzida a sangue, molhou as páginas do Livro.          Então o sacerdote negligente apressou-se a entregar o livro e a Hóstia a um frade agostiniano de Sena, o qual levou para Perúgia a pagina manchada de sangue e para Cáscia a outra página onde a Hóstia ficou presa. A primeira página perdeu-se em 1866 mas a relíquia chamada de “Corpus Domini” é atualmente venerada na basílica de Santa Rita.  
        
6 – Turim – Itália – 1453
          Na Alta Itália ocorria uma uma guerra furiosa pelo ducado de Milão. Os Piemonteses saquearam a cidade; ao chegarem a Igreja, forçaram o Tabernáculo. Tiraram o ostensório de prata, no qual se guardava o corpo de Cristo ocultando-no dentro de uma carruagem juntamente com os outros objetos roubados, e dirigiram-se para Turim. Crônicas antigas relatam que, na altura da Igreja de São Silvestre, o cavalo parou bruscamente a carruagem – o que ocasionou a queda, por terra, do ostensório – o ostensório se levantou nos ares “com grande esplendor e com raios que pareciam os do sol”. Os espectadores chamaram o Bispo da cidade, Ludovico Romagnano, que foi prontamente ao local do prodígio. Quando chegou, “O ostensório caiu por terra, ficando o corpo de Cristo nos ares a emitir raios refulgentes”. O Bispo, diante dos fatos, pediu que lhe levassem um cálice. Dentro do cálice, desceu a hóstia, que foi levada para a catedral com grande solenidade. Era o dia 9 de junho de 1453. Existem testemunhos contemporâneos do acontecimento (Atti Capitolari de 1454 a 1456). A Igreja de “Corpus Domini” (1609), que até hoje atesta o prodígio. 
        
7 – Sena – Itália – 1730
          Na Basília de São Francisco, em Sena, pátria de Santa Catarina de Sena, durante a noite de 14 para 15 de março de 1730, foram jogadas no chão 223 hóstias consagradas, por ladrões que roubaram o cibório de prata onde elas estavam. Dois dias depois, as Hóstias foram achadas em caixa de esmolas misturas com dinheiro. Elas foram limpadas e guardadas na Basílica de São Francisco; ninguém as consumiu; e logo o milagre aconteceu visto que com o passar do tempo as Hóstias  não se estragaram, o que é um grande milagre. A partir de 1914 foram feitos exames químicos que comprovaram pão em perfeito estado de conservação. 





8 – Milagre Eucarístico de Santarém – Portugal (1247) 
Aconteceu no dia 16 de fevereiro de 1247, em Santarém, 65 km ao norte de Lisboa. O milagre se deu com uma dona de casa, Euvira, casada com Pero Moniz, a qual sofrendo com a infidelidade do marido, decidiu consultar uma bruxa judia que morava perto da igreja da Graça. Esta bruxa prometeu-lhe resolver o problema se como pagamento recebesse uma Hóstia Consagrada. Para obter a Hóstia, a mulher fingiu-se de doente e enganou o padre da igreja de S. Estevão, que lhe deu a sagrada Comunhão num dia de semana. Assim que ela recebeu a Hóstia, sem o padre notar, colocou-a nas dobras do seu véu. De imediato a Hóstia começou a sangrar. Assustada, a mulher correu para casa na  Rua das Esteiras, perto da Igreja e escondeu o véu e a Hóstia numa arca de cedro onde guardava os linhos lavados. À noite o casal foi acordado com uma visão espetacular de Anjos em adoração à sagrada Hóstia sangrando. Varias investigações eclesiásticas foram feitas durante 750 anos. As realizadas em 1340 e 1612 provaram a sua autenticidade. Em 5 de abril de 1997, por decreto de D. Antonio Francisco Marques, Bispo de Santarém, a Igreja de S. Estevão, onde está a relíquia, foi elevada  a Santuário Eucarístico do Santíssimo Sangue.   

9 – Faverney, na França, em 1600  
O Milagre Eucarístico que aconteceu em Faverney, na França consistiu numa notável demonstração sobrenatural de superação da lei da gravidade. Faverney está localizado a 20 quilômetros de Vesoul, distante 68,7 quilômetros de Besançon.Um dos noviços chamado Hudelot, notou que o Ostensório que se encontrava junto Santíssimo Sacramento sobre o Altar, elevou-se e ficou suspenso no ar e que as chamas se inclinavam e não tocavam nele. Os Frades Capuchinhos de Vesoul também apressaram-se para observar e testemunhar o fenômeno. Embora os monges com a ajuda do povo, conseguiram apagar o incêndio que queria consumir toda a Igreja, o Milagre não cessou, o Ostensório com JESUS Sacramentado continuou flutuando no espaço.  

10 –  Em Stich, Alemanha, 1970 
Na região Bávara da Alemanha, junto à fronteira suíça, em 9 de junho de 1970, enquanto um padre visitante da Suíça estava celebrando uma Missa numa capela, uma série incomum de eventos aconteceu. Depois da Consagração, o celebrante notou que uma pequena mancha avermelhada começou a aparecer no corporal, no lugar onde o cálice tinha estado descansando. Desejando saber se o cálice tinha começado a vazar, o padre correu a mão dele debaixo do cálice, mas achou-o completamente seco. A esta altura, a mancha crescera, atingindo o tamanho de uma moeda de dez centavos. Depois de completar a Missa, o padre inspecionou todo o altar, mas não conseguiu encontrar qualquer coisa que pudesse ser remotamente a fonte da mancha avermelhada. Ele trancou o corporal que apresentava a mancha num local seguro, até que pudesse discutir o assunto com o pároco.

Origem da Festa de Corpus Cristhi

No final do século XIII surgiu em Lieja, Bélgica, um Movimento Eucarístico cujo centro foi a Abadia de Cornillon fundada em 1124 pelo Bispo Albero de Lieja. Este movimento deu origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo, a exposição e bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante a elevação na Missa e a festa do Corpus Christi.
Santa Juliana de Mont Cornillon, priora da Abadia, foi escolhida, por Deus para criar esta Festa. A santa desde jovem teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. Esperava que algum dia tivesse uma festa especial ao Sacramento da Eucaristia. Este desejo, conforme a tradição foi intensificado por uma visão que teve da Igreja sob a aparência de lua cheia com uma mancha negra, que significada a ausência dessa solenidade.
Juliana comunicou esta imagem a Dom Roberto de Thorete, bispo de Lieja, também ao douto Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos e Jacques Pantaleón, mais tarde o Papa Urbano IV. A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264, 6 anos após a morte de irmã Juliana em 1258, com 66 anos. Santa Juliana de Mont Cornillon foi canonizada em 1599 pelo Papa Clemente VIII.
Dom Roberto não viveu para ver a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte, na quinta-feira após à festa da Santíssima Trindade. Mais tarde um bispo alemão conheceu os costumes e o levou por toda atual Alemanha.
Certa vez, quando o padre Pedro de Praga, celebrou uma Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, Itália, aconteceu um milagre eucarístico: da hóstia consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. Alguns dizem que isto ocorreu porque o padre teria duvidado da presença real de Cristo na Eucaristia.
O Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia S. Tomás de Aquino, informado do milagre, então, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso foi feito em procissão. Quando o Papa encontrou os fiéis caminhando na entrada de Orvieto, teria então pronunciado diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”.
Ainda hoje se conservam, em Orvieto, os corporais onde se apóia o cálice e a patena durante a Missa e também se pode ver a pedra do altar em Bolsena, manchada de sangue.
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Instituição da Festa
O Santo Padre movido pelo prodígio, e pelo pedido de vários bispos, fez com que se estendesse a festa do Corpus Christi a toda a Igreja por meio da bula "Transiturus" de 8 setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes.
O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu logo em seguida (2 de outubro de 1264), um pouco depois da publicação do decreto, prejudicando a difusão da festa. Mas o Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no Concílio Geral de Viena (1311) ordenou mais uma vez a adoção desta festa.
Em 1317 é promulgada uma recopilação de leis, por João XXII, e assim a festa é estendida a toda a Igreja. Na diocese de Colônia na Alemanha, a festa de Corpus Christi é celebrada antes de 1270.
Procissão

Na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230, quando começou as homenagens ao Santíssimo Sacramento a procissão eucarística acontecia só dentro da igreja. Em 1247, aconteceu a primeira procissão eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na Bélgica.
Nenhum dos decretos fala da procissão com o Santíssimo como um aspecto da celebração. Porém estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV.
Finalmente, o Concílio de Trento declara que muito piedosa e religiosamente foi introduzido na Igreja de Deus o costume, que todos os anos, o santíssimo seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos.
Todo católico deve participar dessa Procissão por ser a mais importante de todas que acontecem durante o ano, pois é a única onde o próprio Senhor sai às ruas para abençoar as pessoas, as famílias e a cidades

Tapetes, arte e religiosidade

Em muitos lugares criou-se o belo costume de enfeitar as casas com oratórios e flores e as ruas com tapetes ornamentados, tudo em honra do Senhor que vem visitar o seu povo.
No dia dedicado ao Corpo de Deus (Corpus Christi), várias cidades brasileiras, organizam procissões, que percorrem as ruas enfeitadas com tapetes. A confecção de tapetes de rua é uma magnífica manifestação de arte popular
Utilizando diversos tipos de materiais, como serragem colorida, borra de café, farinha, areia e alguns pequenos acessórios, como tampinhas de garrafas, flores e folhas, as pessoas montam, com grande arte, um tapete pelas ruas, formando desenhos relacionados ao Santíssimo.
Por este tapete passa a procissão, o sacerdote vai á frente carregando o ostensório e em seguida pelas pessoas que participam da festa. Tudo isto tem muito sentido e deve ser preservado.

Texto: Reinaldo Cazumbá – Comunidade Canção Nova

sexta-feira, 17 de junho de 2011

SANTÍSSIMA TRINDADE: Unidos no amor do PAI, cheios da misericórdia do FILHO e repletos da luz do ESPÍRITO SANTO!!!

Terminado o Tempo Pascal no dia de Pentecostes, agora celebramos a Festa da Santíssima Trindade, isto é, a presença de Deus Pai, Filho e Espírito Santo. É o mistério da revelação de Deus Trino, expressão de unidade na diversidade, de manifestação da divindade. É difícil entender esse mistério, a não com a revelação do próprio Deus.
Deus Pai aparece como o Criador de tudo, dando evidência para a pessoa humana com todas as suas características de vida. Deus Filho destaca-se como o Redentor, o Salvador de toda a humanidade criada e vivida na dignidade. E Deus Espírito Santo é o guia e santificador dos homens e mulheres no caminho de sua história de vida.
Pela revelação, Deus dá à criatura humana a possibilidade de participação nas realidades divinas. O próprio Deus Filho diz: “Quem crê em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque eu vou para junto do Pai” (Jo 14, 12).
O mistério da Trindade lança luzes para a vida de comunidade, no amor, na partilha, na fidelidade e no compromisso fraterno. Isto não é apenas um fato humanitário, mas com fundo cristão e de inspiração divina, que diviniza o humano.
Em última análise, todo o universo é obra de Deus, criado com Sabedoria, que se manifesta à criatura humana como fonte de alegria e de condições de sobrevivência e de vida. Com isto, o universo revela a Sabedoria e o querer de Deus para com as pessoas.
Tudo o que somos e temos manifesta o projeto de amor do Pai, que deseja a vida e a felicidade para toda a humanidade. Nós nos tornamos sempre criaturas novas pela fé, capazes para viver a paz e a esperança, enfrentando as dificuldades e as tribulações.
Temos que experimentar um Deus amor e comunhão com um projeto de libertação, de ternura, de compassividade e capacidade para ir ao encontro do outro e lhe prestar ajuda nas horas mais difíceis. É atitude de compaixão com doação sem medida.

Dom Paulo Mendes Peixoto

 

 

 

 

SANTÍSSIMA TRINDADE: Mistério de Amor....

Só existe um Deus, mas n'Ele há três Pessoas divinas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Não pode haver mais que um Deus, pois este é absoluto. Se houvesse dois deuses, um deles seria menor que o outro, e Deus não pode ser menor que outro, pois não seria Deus.
A Trindade é Una. “Não professamos três deuses, mas um só Deus em três Pessoas: “A Trindade consubstancial” (II Conc. Constantinopla, DS 421). “O Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, o Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por natureza” (XI Conc. Toledo, em 675, DS 530). “Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza divina” (IV Conc. Latrão, em 1215, DS 804).
A Profissão de Fé do Papa Dâmaso diz: “Deus é único, mas não solitário” (Fides Damasi, DS 71). “Pai”, “Filho”, “Espírito Santo” não são simplesmente nomes que designam modalidades do ser divino, pois são realmente distintos entre si: “Aquele que é Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho” (XI Conc. Toledo, em 675, DS 530). São distintos entre si por suas relações de origem: “É o Pai que gera, o Filho que é gerado, o Espírito Santo que procede” (IV Conc. Latrão, e, 1215, DS 804).
A Igreja ensina que as Pessoas divinas são relativas umas às outras. Por não dividir a unidade divina, a distinção real das Pessoas entre si reside unicamente nas relações que as referem umas às outras:
“Nos nomes relativos das Pessoas, o Pai é referido ao Filho, o Filho ao Pai, o Espírito Santo aos dois; quando se fala destas três Pessoas, considerando as relações, crê-se todavia em uma só natureza ou substância” (XI Conc. Toledo, DS 675). “Tudo é uno [n'Eles] lá onde não se encontra a oposição de relação” (Conc. Florença, em 1442, DS 1330). “Por causa desta unidade, o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho” (Conc. Florença, em 1442, DS 1331).
Aos Catecúmenos de Constantinopla, S. Gregório Nazianzeno (330-379), “o Teólogo”, explicava:
“Antes de todas as coisas, conservai-me este bem depósito, pelo qual vivo e combato, com o qual quero morrer, que me faz suportar todos os males e desprezar todos os prazeres: refiro-me à profissão de fé no Pai e no Filho e no Espírito Santo. Eu vo-la confio hoje. É por ela que daqui a pouco vou mergulhar-vos na água e vos tirar dela. Eu vo-la dou como companheira e dona de toda a vossa vida. Dou-vos uma só Divindade e Poder, que existe Una nos Três, e que contém os Três de maneira distinta. Divindade sem diferença de substância ou de natureza, sem grau superior que eleve ou grau inferior que rebaixe [...]. A infinita conaturalidade é de três infinitos. Cada um considerado em si mesmo é Deus todo inteiro [...]. Deus os Três considerados juntos. Nem comecei a pensar na Unidade, e a Trindade me banha em Seu esplendor. Nem comecei a pensar na Trindade, e a unidade toma conta de mim (Or. 40,41).
O primeiro Catecismo, chamado "Didaqué", do ano 90 dizia:
"No que diz respeito ao Batismo, batizai em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo em água corrente. Se não houver água corrente, batizai em outra água; se não puder batizar em água fria, façais com água quente. Na falta de uma ou outra, derramai três vezes água sobre a cabeça, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Didaqué 7,1-3).
São Clemente de Roma, Papa no ano 96, ensinava: "Um Deus, um Cristo, um Espírito de graça" (Carta aos Coríntios 46,6). "Como Deus vive, assim vive o Senhor e o Espírito Santo" (Carta aos Coríntios 58,2).
Santo Inácio, bispo de Antioquia (†107), mártir em Roma, afirmava: "Vós sois as pedras do templo do Pai, elevado para o alto pelo guindaste de Jesus Cristo, que é a sua cruz, com o Espírito Santo como corda" (Carta aos Efésios 9,1).
"Procurai manter-vos firmes nos ensinamentos do Senhor e dos Apóstolos, para que prospere tudo o que fizerdes na carne e no espírito, na fé e no amor, no Filho, no Pai e no Espírito, no princípio e no fim, unidos ao vosso digníssimo bispo e à preciosa coroa espiritual formada pelos vossos presbíteros e diáconos segundo Deus. Sejam submissos ao bispo e também uns aos outros, assim como Jesus Cristo se submeteu, na carne, ao Pai, e os apóstolos se submeteram a Cristo, ao Pai e ao Espírito, a fim de que haja união, tanto física como espiritual" (Carta aos Magnésios 13,1-2).
São Justino, mártir no ano 151, escreveu essas palavras ao imperador romano Antonino Pio: "Os que são batizados por nós são levados para um lugar onde haja água e são regenerados da mesma forma como nós o fomos. É em nome do Pai de todos e Senhor Deus, e de Nosso Senhor Jesus Cristo, e do Espírito Santo que recebem a loção na água. Este rito foi-nos entregue pelos apóstolos" (I Apologia 61).
São Policarpo de Esmirna, que foi discípulo de S. João evangelista, mártir no ano 156, declarou: "Eu te louvo, Deus da Verdade, te bendigo, te glorifico por teu Filho Jesus Cristo, nosso eterno e Sumo Sacerdote no céu; por Ele, com Ele e o Espírito Santo, glória seja dada a ti, agora e nos séculos futuros! Amém" (Martírio de Policarpo 14,1-3).
Teófilo de Antioquia, ano 181, confirmou: "Igualmente os três dias que precedem a criação dos luzeiros são símbolo da Trindade: de Deus [=Pai], de seu Verbo [=Filho] e de sua Sabedoria [=Espírito Santo]" (Segundo Livro a Autólico 15,3).
S. Irineu de Lião, ano 189, afirmou: "Com efeito, a Igreja espalhada pelo mundo inteiro até os confins da terra recebeu dos apóstolos e seus discípulos a fé em um só Deus, Pai onipotente, que fez o céu e a terra, o mar e tudo quanto nele existe; em um só Jesus Cristo, Filho de Deus, encarnado para nossa salvação; e no Espírito Santo que, pelos profetas, anunciou a economia de Deus [...]" (Contra as Heresias I,10,1).
"Já temos mostrado que o Verbo, isto é, o Filho esteve sempre com o Pai. Mas também a Sabedoria, o Espírito estava igualmente junto d'Ele antes de toda a criação" (Contra as Heresias IV,20,4).
Tertuliano, escritor romano cristão, no ano 210: "Foi estabelecida a lei de batizar e prescrita a fórmula: 'Ide, ensinai os povos batizando-os em nomee do Pai e do Filho e do Espírito Santo'" (Do Batismo 13).
E o Concílio de Nicéia, ano 325, confirmou toda essa verdade:
"Cremos [...] em um só Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, nascido do Pai como Unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial com o Pai, por quem foi feito tudo que há no céu e na terra. [...] Cremos no Espírito Santo, Senhor e fonte de vida, que procede do Pai, com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, o qual falou pelos Profetas" (Credo de Nicéia).

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Retornamos ao Tempo Comum....

O Tempo Comum é um período do Ano litúrgico de trinta e três ou trinta e quatro semanas nas quais são celebrados, na sua globalidade, os Mistérios de Cristo. Comemora-se o próprio Mistério de Cristo em sua plenitude, principalmente aos domingos.

Missa no Tempo Comum: a cor usada é o verde, que significa que os cristãos devem ser fortes como o pinheiro, que é a árvore mais forte entre todas
O Tempo Comum é o período mais extenso do ano litúrgico: 33 - 34 semanas distribuídas entre a festa do Batismo de Jesus até o começo da Quaresma e as outras semanas entre a segunda-feira depois de Pentecostes e o início do Advento

Este tempo existe não para celebrar algum aspecto particular do mistério de Cristo mas para celebrá-lo em sua globalidade, especialmente em cada Domingo (cf. NALC 43: Normas gerais sobre o Ano litúrgico e o Calendário); durante este tempo se aprofunda e se assimila o mistério de Cristo que se insere na vida do povo de Deus para torná-la plenamente pascal;
O elemento principal e mais forte do Tempo Comum é o Domingo, que surgiu antes mesmo da celebração anual da Páscoa. Era o único elemento celebrativo no correr do ano: a grande celebração semanal do Mistério Pascal de Cristo. É, pois, um tempo marcadamente caracterizado pelo Domingo, quer pela teologia, quer pela espiritualidade.
Os meses temáticos do Ano Litúrgico não fazem parte do calendário e nunca suas celebrações sobrepõem àquelas contidas no Domingo. Os meses Vocacional, da Bíblia, das Missões, a Campanha da Fraternidade e outras comemorações ajudam na madura adaptação e criatividade nas celebrações mas nunca são superiores à mística da liturgia dominical.

Não se podem contrapor os chamados "tempos fortes" ao Tempo Comum, como se este tempo fosse um tempo fraco ou inferior. É o tecido concreto da vida normal do cristão, fora das festas, e pode ver-se nele a comemoração da presença de Cristo na vida quotidiana e nos momentos simples da vida dos cristãos.
Duas fontes são importantes para a espiritualidade e força do Tempo Comum: Os Domingos e os tempos fortes. O Tempo Comum pode ser vivido como prolongamento do respectivo tempo forte. Vejamos: a primeira parte do TC, iniciada após a Epifania e o Batismo de Jesus, constitui tempo de crescimento da vida nascida no Natal e manifestada na Epifania.
Esta vida para crescer e manifestar-se em plenitude e produzir frutos, necessita da ação do Espírito Santo que age no Batismo do Senhor. A partir daqui Jesus começa a exercer seu poder messiânico. Também a Igreja: fecundada pelo Espírito ela produz frutos de boas obras;
A composição dos anos em "A", centrado em Mateus; "B", centrado em Marcos; "C", centrado em Lucas, com inserções de João presente nos diversos ciclos especiais, ajuda enormemente a magnitude do Tempo Comum;
No Tempo Comum temos algo semelhante ao recomeçar por volta do 9º Domingo, imediatamente depois de Pentecostes: a vida renasce na Páscoa e desenvolve-se através do Tempo Comum, depois de fecundado pelo Espírito em Pentecostes. A força do Mistério Pascal é vivida pela Igreja através dos Domingos durante o ano que amadurece os frutos de boas obras, preparando a vinda do Senhor.

Durante o Ano Litúrgico o culto à Nossa Senhora e aos Santos é integrado na Liturgia, enriquecendo a participação dos fiéis. É claro que toda ação litúrgica é dirigida ao Pai, por Cristo, que é o centro. É sempre o Mistério Pascal que se conta e evidencia. Deus fez maravilhas através dos Santos e de Maria que depois do Senhor ocupa um especial lugar na vida da Igreja e em seu culto;
Maria revela o mistério de Cristo e da Igreja de maneira forte e eficaz. Seu culto não é algo paralelo e independente; está integrado ao Mistério Pascal; em Maria a Igreja vive o mistério de Cristo;
Algumas solenidades são celebradas no Domingo, por exemplo, a da Santíssima Trindade, e outras, como a Assunção de Nossa Senhora e Todos os Santos, quando transferidas do seu dia próprio. As festas referentes à pessoa de Jesus, quando caem no domingo, são celebradas no Domingo e também a Comemoração de todos os fiéis defuntos (2 de novembro).

sexta-feira, 10 de junho de 2011

PENTECOSTES: " Vinde, Espírito Santo!!! "

Era para os judeus uma festa de grande alegria, pois era a festa das colheitas. Ação de graças pela colheita do trigo. Vinha gente de toda a parte: judeus saudosos que voltavam a Jerusalém, trazendo também pagãos amigos e prosélitos. Eram oferecidas as primícias das colheitas no templo. Era também chamada festa das sete semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da páscoa, no qüinquagésimo dia. Daí o nome Pentecostes, que significa "qüinquagésimo dia".

No primeiro pentecostes, depois da morte de Jesus, cinqüenta dias depois da Páscoa, o Espírito Santo
desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (At 2,1-4). As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se converteram e foram recolhidos para o Reino. Quem é o Espírito Santo?

O prometido por Jesus: "...ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a realização da promessa do Pai a qual, disse Ele, ouvistes da minha boca: João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias" (At 1,4-5).

Espírito que procede do Pai e do Filho: "quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade que vem do Pai, ele dará testemunho de mim e vós também dareis testemunho..." (Jo 15 26-27). O Espírito Santo é Deus com o Pai e com o Filho. Sua presença traz consigo o Filho e o Pai. Por Ele somos filhos no Filho e estamos em comunhão com o Pai. 


OS FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO

Se o Espírito Santo colocou em nós as admiráveis disposições que são os sete Dons (Ciência, Conselho, Entendimento, Sabedoria, Piedade, Fortaleza, Temor de Deus), foi para que déssemos Frutos. "Eu vos escolhi e vos destinei para que vades e deis Frutos, e o vosso fruto permaneça" (Jo 15,16), disse Jesus a seus apóstolos. Esse fruto será tanto mais abundante e saboroso quanto mais docilmente o ramo se deixar podar e limpar pelo Vinhateiro Divino (Jesus), aceitando generosamente os pedidos que Ele nos fizer.

DISTINÇÃO ENTRE OS DONS E OS FRUTOS

        Os Dons são dados, o fruto é gerado.
        Os Dons vem após o Batismo no espírito Santo, o fruto é na conversão.
        Os Dons são de fora para dentro, os Frutos vem de dentro para fora.
        Os Dons já vem completo, o Fruto requer tempo para crescer.
        Os Dons vem pelo Espírito, os Frutos vem por Jesus.
        Os Dons são distintos, os Frutos é indivisível.
        Os Dons confere poder, os Frutos confere autoridade.
        Os Dons identificam o que fazemos, os Frutos mostra o que somos.
        O mais interessante é que os Dons podem ser imitados, porem os Frutos nunca será.

OS FRUTOS DO ESPÍRITO

O Espírito Santo é a água Viva que rega nosso coração, a cada dia, para que possamos produzir seus Frutos. Quais são os frutos?
A tradição da Igreja enumera doze frutos que são:

1.
AMOR
2.
ALEGRIA
3.
PAZ
4.
PACIÊNCIA
5.
LONGAMINIDADE
6.
BONDADE
7.
BENIGNIDADE
8.
MANSIDÃO
9.
FIDELIDADE
10.
MODÉSTIA
11.
CONTINÊNCIA
12.
CASTIDADE

EIS OS FRUTOS VAMOS CONHECÊ-LOS

AMOR: Alem de ser um fruto que plantamos em nossos corações é o maior sentimento de dedicação absoluta para com o outro, é se doar totalmente ao outro é o nosso imenso Amor ao Pai.

ALEGRIA: A base desse fruto é o fruto do Amor, Deus nos que alegres, pois ele não nos criou para a tristeza, é o prazer de se viver.

PAZ: Com a união do Amor e da Alegria se tem o grande sentimento interno e externo da Paz que Deus nos deixou, é a ausência de medo de culpa a ausência de Guerras.

PACIÊNCIA: Um dos Frutos que nos dá a qualidade de saber esperar, uma virtude que consiste suportar dores, infortúnios com uma tranqüilidade que só Deus suportou.

LONGANIMIDADE: Um dos Frutos difíceis de entender, pois ele esta interligado com a Paciência e a Paz, significa ser magnânimo, grande na alma e generoso, um fruto sobrenatural que é à disposição da alma que nos permite esperar, sem se queixar das amargurar dos planos de Deus de santidade para todos nós. É uma certeza de que se cumprira em nossa alma todos os desígnios eternos de Deus e esta certeza eleva a alma e traz uma Paz que nada pode perturbar.

BONDADE: É simplesmente querer o bem para o outro, mas não basta querer o bem para que o Amor seja eficaz, a Bondade deve nos levar a ter atos concretos para o bem do outro o que nos leva ao fruto da Benignidade.

BENIGNIDADE: É o Amor mostrando compaixão é procurar nunca magoar ninguém, é o ato de fazer o bem sem precisar recompensa por isso.


MANSIDÃO: É o fruto que nos deixa manso perante a Deus, assim nos deixa obediente para com Deus e seus ensinamentos, a Mansidão nos da à vontade para suportarmos as contrariedade com suavidade e sem irritação, sem dar amostras de impaciência e muito menos fúria.

FIDELIDADE: É a qualidade de sermos fiel, leal, honrado, aquele que não falha, a qualidade de sermos verdadeiro, é a uma qualidade sobrenatural que nos inclina a dar ao próximo tudo o que lhe é devido, sob que forma for, é a justiça perfeita, é o que devemos ao próximo, Amor um Amor misericordioso, gratuito, um Amor de boa vontade e um Amor compassivo, um Amor que tem piedade, compaixão.

MODÉSTIA: É um fruto com total ausência de vaidade, total desinteresse de atrair a atenção para si, sobre seus exageros, sobre suas virtudes, Dons ou qualidades, paixão ou beleza, é moderação nas ações e na conduta.

CONTINÊNCIA: É se conter, controle de seus instintos, poder sobre sua própria pessoa, é privar-se dos prazeres tendo assim domino sobre si.

CASTIDADE: A Castidade é o contrário do que muitas pessoas pensam, ser castro, não é simplesmente ser virgem (sentido puro do corpo). Ter o fruto da Castidade é ser fiel para com seu dom, para com sua vocação perante Deus, é ser fiel a suas promessas, a sua Fé. Falando no sentido do significado da palavra Castidade, é ser castro se abstendo assim de relações sexuais. Vivemos assim a nossa Castidade em nossa vocação, por exemplo, ser fiel intimamente para com ao Sacramento do Matrimônio, ser fiel para com seu esposo ou esposa, ser fiel ao Sacramento da Ordem, ser fiel para com Deus, se abstendo assim de relações sexuais, é o fruto do Amor agindo em nós, por isso o fruto da Castidade tem que ser vivido e vivenciado.

FRUTOS DA CARNE QUE NÃO PODEMOS TER

        Fornicação
        Impureza
        Libertinagem
        Idolatria
        Superstição
        Inimizades
        Brigas
        Ciúmes
        Ódio
        Ambição
        Discórdia
        Partidos
        Invejas
        Bebedeiras
        Orgias
        E outras coisas semelhantes (Gl 5,19)
        
Esses frutos da carne são gerados se colocarmos obstáculos em nossas vidas, esses obstáculos são nossos medos, ressentimentos, amargura, rejeição, falta de perdão, magoa, etc...             

ASSIM PODEMOS ESCOLHER, QUAIS DESSES FRUTOS QUEREMOS COLHER EM NOSSA VIDA
        
        Os Frutos do Espírito Santo
        Os frutos da carne.


Semana de oração pela unidade dos cristãos 2011

"Eles eram assíduos ao ensinamento dos apóstolos e à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações. O temor de Deus se apoderava de todo mundo: muitos prodígios e sinais se realizavam pelos apóstolos. Todos os que abraçavam a fé estavam unidos e tudo partilhavam. Vendiam suas propriedades e os seus bens para repartir o dinheiro apurado entre todos, segundo as necessidades de cada um. De comum acordo, iam diariamente ao Templo com assiduidade: partiam o pão em casa, tomando o alimento com alegria e simplicidade de coração. Louvavam a Deus e eram favoravelmente aceitos por todo o povo. E o Senhor ajuntava cada dia à comunidade os que encontravam a salvação".

Atos 2, 42-47.
Tradução Ecumênica da Bíblia (TEB).


"É muito significativo que este tema tenha sido proposto pelas Igrejas e Comunidades cristãs de Jerusalém, reunidas num espírito ecumênico. Sabemos quantas provas devem enfrentar os irmãos e irmãs da Terra Santa e do Oriente Médio. O seu serviço é por isso ainda mais precioso, confirmado por um testemunho que, em alguns casos, chegou até mesmo ao sacrifício da vida (...) Para ser no mundo sinal e instrumento de íntima união com Deus e de unidade entre os homens, nós cristãos devemos basear a nossa vida nestes quatro ‘pilares’: a escuta da Palavra de Deus transmitida na viva Tradição da Igreja, a comunhão fraterna, a Eucaristia e a oração” (Angelus 23-01-2011).



Os temas dos oito dias:
Há uma caminhada de fé que pode ser detectada nos temas dos oito dias. Desde seus inícios na “sala superior”, a primitiva comunidade cristã experimenta o derramamento do Espírito Santo, que lhe permite crescer na fé e na unidade, na oração e na ação, de modo a tornar-se verdadeiramente uma comunidade da Ressurreição, unida a Cristo em sua vitória sobre tudo que nos divide uns dos outros e nos separa dele. Então a própria Igreja de Jerusalém se torna um farol de esperança, uma degustação antecipada da Jerusalém celeste, chamada a reconciliar não somente nossas Igrejas, mas todos os povos.
Essa caminhada é guiada pelo Espírito Santo, que conduz os primeiros cristãos ao conhecimento da verdade sobre Jesus Cristo e que enche a Igreja primitiva de sinais e prodígios, para a admiração de muitos. À medida que prosseguem na caminhada, os cristãos de Jerusalém se reúnem com devoção para ouvir a Palavra de Deus pregada no ensinamento dos apóstolos, e se juntam em comunhão para celebrar sua fé no sacramento e na oração. Cheia do poder e da esperança que vêm da Ressurreição, a comunidade celebra sua vitória certa sobre o pecado e a morte, e assim tem a coragem e a visão para ser ela própria um instrumento de reconciliação, inspirando e desafiando todos os povos a superar as divisões e injustiças que os oprimem.


  • O dia 1 apresenta as bases da Igreja mãe de Jerusalém, deixando clara sua continuidade com a Igreja de hoje pelo mundo inteiro. Ele nos relembra a coragem da Igreja primitiva, que bravamente dava testemunho da verdade, assim como hoje necessitamos trabalhar pela justiça em Jerusalém e no resto do mundo.
  • O dia 2 recorda que a primeira comunidade unida em Pentecostes tinha em seu interior pessoas de origens diversas, assim como a Igreja em Jerusalém hoje representa uma rica diversidade de tradições cristãs. Nosso desafio hoje é conseguir uma unidade visível maior, capaz de acolher nossas diferenças e tradições.
  • O dia 3 contempla o primeiro elemento essencial de unidade: a Palavra de Deus apresentada através do ensinamento dos apóstolos. A Igreja de Jerusalém nos recorda que, sejam quais forem as nossas divisões, esses ensinamentos nos impelem a nos envolver em amor mútuo e em fidelidade ao corpo único que é a Igreja.
  • O dia 4 enfatiza a partilha como segunda expressão de unidade. Assim como os primeiros cristãos punham tudo em comum, a Igreja de Jerusalém chama todos os irmãos e irmãs da Igreja a partilhar bens e tarefas, com coração alegre e generoso, para que ninguém passe necessidade.
  • O dia 5 destaca o terceiro elemento da unidade: a fração do pão, que nos une em esperança. Nossa unidade vai além do momento da Santa Comunhão: ela precisa incluir a atitude correta a respeito da vida ética, da pessoa humana e de toda a comunidade. A Igreja de Jerusalém conclama os cristãos a se unirem na “fração do pão” hoje, porque uma Igreja dividida não pode falar com autoridade sobre temas de justiça e paz.
  • O dia 6 apresenta o quarto elemento de unidade: com a Igreja em Jerusalém ganhamos força pelo tempo que nos dedicamos à oração. Especificamente, a Oração do Senhor chama todos nós, em Jerusalém e no mundo inteiro, os fracos e os poderosos, a um trabalho conjunto pela justiça, paz e unidade, para que venha a nós o Reino de Deus.
  • O dia 7 nos leva além dos quatro elementos da unidade, com a Igreja em Jerusalém alegremente proclamando a Ressurreição, mesmo quando ela carrega a dor da cruz. A Ressurreição de Jesus é hoje para os cristãos em Jerusalém a força que lhes permite a permanência constante no seu testemunho, no trabalho para a liberdade e a paz na Cidade da Paz.
  • O dia 8 conclui a caminhada com um chamado das Igrejas de Jerusalém para um trabalho mais amplo de reconciliação. Mesmo se os cristãos conseguirem unidade entre eles, sua tarefa não estará completa, porque eles precisam se reconciliar com outros. No contexto de Jerusalém, isso significa relacionamento entre palestinos e israelitas; em outras comunidades, os cristãos são desafiados a buscar justiça e reconciliação em seu próprio contexto.
Durante esta caminhada de oito dias, os cristãos de Jerusalém nos convidam a proclamar e dar testemunho de que a Unidade – em seu sentido pleno de fidelidade ao ensinamento dos apóstolos e à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações – nos dará a possibilidade de, juntos, superarmos o mal, não só em Jerusalém, mas no mundo inteiro.

O SENHOR SUBIU AO CÉU, ALELUIA!!!

A Solenidade da Ascensão de Jesus que hoje celebramos sugere que, no final de um caminho percorrido no amor e na doação, está a vida definitiva, em comunhão com Deus. Sugere, também, que Jesus nos deixou o testemunho e que somos agora nós, seus seguidores, que devemos continuar a realizar o projecto libertador de Deus para os homens e para o mundo.
O EvangelhoConclusão do santo Evangelho segundo São Lucas
Lc 24, 46-53
apresenta-nos as palavras de despedida de Jesus que definem a missão dos discípulos no mundo. Faz, também, referência à alegria dos discípulos: essa alegria resulta do reconhecimento da presença no mundo do projecto salvador de Deus e resulta do facto de a ascensão de Jesus ter acrescentado à vida dos crentes um novo sentido.
Na primeira leituraLeitura dos Actos dos Apóstolos
Actos 1, 1-11
, repete-se a mensagem essencial desta festa: Jesus, depois de ter apresentado ao mundo o projecto do Pai, entrou na vida definitiva da comunhão com Deus – a mesma vida que espera todos os que percorrem o mesmo caminho de Jesus. Quanto aos discípulos: eles não podem ficar a olhar para o céu, numa passividade alienante, mas têm de ir para o meio dos homens continuar o projecto de Jesus.
A segunda leituraLeitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Ef 1, 17-23
convida os discípulos a terem consciência da esperança a que foram chamados (a vida plena de comunhão com Deus). Devem caminhar ao encontro dessa esperança de mãos dadas com os irmãos – membros do mesmo “corpo” – e em comunhão com Cristo, a “cabeça” desse “corpo”. Cristo reside nesse “corpo”. (in Dehonianos)