domingo, 29 de maio de 2011

6º DOMINGO DA PÁSCOA: " Conduzidos pelo Espírito da verdade! "

Jesus despede-se dos Seus discípulos e inaugura uma missão especialíssima para mim e para você. Ele sobe para o Pai a fim de ser o mediador – junto ao Pai – e a fim de nos comunicar o Espírito Santo.
É a mediação futura, porque feita após a Sua ressurreição, através da nova condição que terá diante de Deus (Jo 14,16-17). O Espírito será, então, enviado pelo Pai em nome de Jesus (Jo 14,26). Logo, você e eu receberemos de Deus o Espírito Santo somente através de Cristo. Dada a necessidade salvífica deste gesto e sua relevância para a existência da Igreja, reafirma-se, novamente, a importância capital da mediação de Jesus nas relações do homem com Deus. Ninguém vai ao Pai senão por Ele.
Com a Sua subida para o Céu, Jesus nos faz ver as várias funções do Espírito Santo. Ele é o nosso Advogado ou Protetor e Mestre da Verdade (Jo 14,16-17.25-26). Na ausência de Cristo, o Espírito há de proteger e defender, em quaisquer circunstâncias, os discípulos de Jesus no mundo, guiando-os e dando-lhes segurança. Manterão viva a mensagem de Jesus, recordando-a e interpretando-a no tempo, de sorte que os discípulos penetrem o seu sentido. Além disso, o Espírito é Santo e santificador, consagrando os discípulos, ou seja, separando-os para serem semelhantes a Jesus, o consagrado por excelência.
A mediação de Jesus Ressuscitado, em ordem à vinda do Espírito, faz-nos viver a espiritualidade das Solenidades que se aproximam: Ascensão e Pentecostes. A temática serve, pois, de preparação para o encerramento do tempo pascal, revelando a relação existente entre a Páscoa e Pentecostes ou entre a ação do Ressuscitado, entronizado em sua glória, e a vinda do Espírito. Além disso, demonstra o modo do agir trinitário de Deus em ordem à Salvação dos homens. Deus enquanto Pai é criador, enquanto Filho é Salvador e enquanto Espírito Santo é Vivificador, Consolador, Fortalecedor, Advogado.
O Espírito prometido nos revela a presença de Jesus entre nós. É a presença na comunidade em que se vive o amor. Este amor é a união com Jesus e com o Pai. Quem assim ama reconhece a presença de Jesus. Amar Jesus é amar-nos uns aos outros.
É urgente crer em Deus e em Jesus, Caminho, Verdade e Vida. Quem ama passa a conhecer Jesus e quem o conhece conhecerá também o Pai, porque Ele o dá a conhecer a todos os que permanecem no Seu amor. Este amor é o dom do Espírito de amor e o dom da vida eterna na comunhão com Jesus e o Pai, no Espírito.
Pai, concede-me o dom do Vosso Espírito que – como luz – dissipa as dúvidas e as trevas do meu coração e me faça caminhar seguro pelos caminhos do Vosso Filho Jesus – que é o Caminho, a Verdade e a Vida – que me conduz a Vós.

Ordenação Presbiteral do Diác. Joselito Ferreira da Silva realizou-se em Areial!


CONSAGRAÇÃO DAS MÃOS SACERDOTAIS

LITURGIA EUCARÍSTICA

PADRES DO CLERO DIOCESANO DE CAMPINA GRANDE


RITO DE ENTREGA E DESPOJAMENTO

PE. JOSELITO RECEBENDO DAS MÃOS DO BISPO DIOCESANO A PROVISÃO DE VIGÁRIO PAROQUIAL DA CIDADE DE QUEIMADAS

PE. JOSELITO, DOM JAIME E PE. JOSANDRO

PE. JOSELITO EM SEUS AGRADECIMENTOS

PAIS DE PE. JOSELITO

POVO DE DEUS REUNIDO NA MATRIZ DE SÃO JOSÉ

    Foi com grande alegria que na última quarta-feiira, dia 25 de maio na Paróquia de São José em Areial  ordenou-se Presbítero para a Santa Igreja de Deus o Diácono Joselito Ferreira da Silva, filho da terra. 
   Para que esta solenidade pudesse ser realizada e para melhor acolher o tão grande número de visitantes que a cidade ia receber, a Matriz passou por uma grande reforma, que contou com o apoio de toda a comunidade: crianças, jovens, adultos, casais e membros de diversas pastorais e movimentos da Paróquia.
  Na celebração estavam presentes familiares, amigos, parentes, autoridades municipais, além de contar com a presença do Reverendíssimo Bispo Diocesano de Campina Grande Dom Jaime Vieira Rocha e com todo o Clero Diocesano.
   Após a comunhão, o Pe. Joselito agradeceu a todos pelo acolhimento e recebeu das mãos do Bispo Diocesano a Provisão de Vigário da Paróquia de Nossa Senhora da Guia, na cidade de Queimadas, e convidou a todos os que estavam presentes para uma belíssima confraternização no clube cesma. 
    Este é o 4º Padre, filho da terra que se ordena para o serviço de Deus.
ORAÇÃO CONSACRATÓRIA PELA IMPOSIÇÃO DAS MÃOS DO BISPO DIOCESANO DE CAMPINA GRAN

   
  

sábado, 21 de maio de 2011

IRMÃ DULCE: " Um exemplo de santidade! "



Ajudar ao próximo para ficar mais perto de Deus. Esse era um dos objetivos de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. Filha do cirurgião dentista Dr. Augusto Lopes Pontes e Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes, Maria Rita nasceu em 26 de maio de 1914, na capital baiana. Como qualquer outra criança gostava de brincar de bonecas e era louca por futebol.
Com a morte da mãe, com apenas 7 anos, vai morar com as tias e aos 13 descobre a vocação religiosa. O primeiro contato com a pobreza foi quando acompanhou uma das tias em uma visita aos pobres no bairro do Tororó, em Salvador. Neste ano, 1927, Maria Rita cuidava dos doentes que batiam à sua porta na Rua da Independência, no bairro de Nazaré. Era o início de uma trajetória de fé, caridade e perseverança.

Após formar-se na Escola Normal da Bahia como professora, Maria Rita troca o uniforme estudantil pelo hábito religioso das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Em homenagem à mãe, recebe o nome de Irmã Dulce. Em 1935, a freira inicia os trabalhos de assistência à comunidade carente dos Alagados, conjunto de palafitas localizado no bairro de Itapagipe, em Salvador.
Obstinada e com uma personalidade forte e revolucionária, Irmã Dulce fundou a primeira organização operária católica da Bahia, que passou a ser chamada Círculo Operário da Bahia, além de ter participado da criação de cinemas e do Serviço de Alimentação do Comerciário, que servia almoço a preços populares. No local conhecido como “Ilha dos Ratos”, certa vez a freira solicitou a um banhista que estava de passagem que arrombasse uma das casas interditadas para abrigar um jovem doente de 15 anos. A partir daí a procura pela Santa dos Pobres só iria aumentar.
Eu tenho tanta sorte de ter a conhecido não só em espírito, mas também toda a sua pessoa"
Gaetano Passarelli
“Ela sempre foi para mim o maior exemplo de vida, desde pequena, pelas lições que ela me passava de amar ao próximo e ajudar as pessoas. A responsabilidade de todos nós que a conhecemos é maior, pois ela deixou um grande exemplo de solidariedade, independente da religião”, relata a jornalista Maria Rita Pontes, sobrinha de Irmã Dulce e diretora das Obras Sociais Irmã Dulce, OSID.
 

O legado do Anjo Bom da Bahia, como ficou conhecida, começou a ser construído em 1949, quando, a partir de um galinheiro cedido pela Superiora do Convento Santo Antônio, Irmã Dulce começou a atender aos doentes necessitados. “Uma obra considerada pelo Ministério da Saúde o maior complexo de saúde do Brasil que é 100% SUS, é muito difícil manter. Atendemos a população carente e fazemos exames de alta complexidade”, conta Maria Rita.
“O que me chamava atenção em Irmã Dulce era a preocupação que ela tinha com o outro. Ela poderia estar cansada e era incapaz de transferir isso ao outro. Sempre procurava ouvir, ajudar, acompanhar. Ela sempre tinha um tempo para todos. Ela era um evangelho vivo”, define a jornalista.
irma dulce (Foto: Danutta Rodrigues)Onde tudo começou para as Obras Sociais
(Foto: Danutta Rodrigues)
À frente da OSID há 20 anos, a filha de Dona Dulcinha, irmã do Anjo Bom da Bahia, tinha uma relação profunda com a tia. “Era como se fosse uma segunda mãe pra mim”, conta Maria Rita, que fez uma biografia sobre a vida de Irmã Dulce, A Santa dos Pobres.
Livros
Irmã Dulce foi pauta para muitos escritores. Sua rica história encantou autores brasileiros e italianos, como Gaetano Passarelli, especialista em histórias de beatificação e autor do livro “Irmã Dulce: O Anjo bom da Bahia”.
“Depois de escrever a biografia de Dulce eu só tinha um desejo: vê-la em pessoa. Cheguei a Salvador porque iria acontecer a exumação. Eu fui o primeiro a abrir o gabinete e ver seu rosto. Eu tenho tanta sorte de ter conhecido não só em espírito, mas também toda a sua pessoa”, conta Gaetano Passarelli.
A escritora baiana Mabel Velloso também escreveu um livro sobre a trajetória do anjo bom da Bahia. “Fiz o livro a pedido da editora Callis, que faz parte da coleção ‘A luta de cada um’. Eu fiquei tão feliz de ter recebido esse pedido. No livro eu contei o que ouvi das pessoas que trabalhavam nas obras sociais e que conviveram com ela”, conta Mabel, que também é voluntária da OSID.

Santa em vida, Santa pós-mortem, Santa dos Pobres. No próximo dia 22 de maio, Irmã Dulce será beatificada após um milagre ter sido reconhecido pela Igreja Católica. “Ela é um grande exemplo para todos nós e que mostra que ser santo é uma coisa tão simples, tão fácil, basta que a gente faça o bem, saiba ouvir e ajude ao próximo”, conclui Maria Rita Pontes.

5° DOMINGO DA PÁSCOA: Jesus: caminho, verdade e vida!

Neste domingo, na perspectiva de João, identificamos a insistência do evangelista em sinalizar que Jesus é o caminho que conduz ao Pai, a verdade que veio do Pai e a vida do Pai em nós.

Para entendermos melhor a Teologia de João, reportemo-nos aos evangelistas sinóticos, Mateus, Marcos, Lucas que, em relação a última ceia de Jesus com os discípulos, enfatizam, em suas narrativas, apenas resumos do anúncio da traição de Judas e da benção do pão e a ação de graças sobre o cálice.

Pedagogicamente diferente dos sinóticos, o evangelista João narra esta ceia com cenas e longos diálogos que revelam a grande sublimidade deste último encontro com Jesus. A Teologia de sua narrativa e a profundeza de suas reflexões aponta que escrevia para comunidades cujos membros eram portadores de uma cultura fundamentada na filosofia, ou seja, escrevia para comunidades, ou pessoas, representantes de uma grande cultura.

Nos sinóticos, toda ceia caracteriza-se como um momento de prazer de alimentar-se partilhado, na alegria e íntima comunhão de vida. João, porém, em seu evangelho apresenta, não só o fim do ministério de Jesus, mas também o seu início, nas bodas de Caná, neste clima de alegria. Cinco dias antes desta última ceia, Jesus também participara da alegre ceia na casa de Lázaro, sendo ungido com perfume por Maria, a casa toda sendo tomada pelo odor agradável.


Nesta última ceia, Jesus faz o seu gesto simples, até surpreendente, de lavar os pés dos discípulos. Em seguida Jesus menciona a expectativa de que seja traído. Esta menção cria um momento que causa certa perturbação nos corações dos discípulos. Jesus, então, procura tranqüilizá-los. Jesus está presente não só nos momentos de alegria, mas também nas provações. Ele é o caminho que nos conduz à casa do Pai. Basta segui-lo, fieis à verdade e empenhados em servir, para que a vida desabroche plenamente, aberta ao eterno. Ele próprio, à frente de seus discípulos, vai para a casa do Pai.

No antigo Êxodo, o povo hebreu oprimido, saiu do Egito, conduzido por Moisés. Agora Jesus conduz a saída de seu povo libertando-o da opressão das sinagogas e do Templo de Israel, para entrar na casa do Pai. O próprio Jesus é o caminho para a casa do Pai. Ele revela-nos o Pai, através de suas obras de amor e libertação.

Na perspectiva da Teologia Joanina, devemos crer em Jesus e segui-lo. Nesse sentido, João insiste em dizer-nos o significado desse seguimento: Crer em Jesus e segui-lo significa que devemos nos comprometer com as obras de Jesus, na fraternidade, na misericórdia e na justiça.

Jesus afirma que: “Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço e fará ainda maiores do que essas”. Deste modo, irmão e irmãs, como discípulos e discípulas, devemos dar continuidade a estas obras, em comunidades organizadas, conforme nos orienta a primeira leitura, testemunhando e proclamando o amor libertador de Jesus e a plenitude de seu Reino no meio de nós.

Oração
Pai, abre meu coração para o seguimento de teu Filho. Aumenta a minha fé. Fazei-me acreditar firmemente para que eu possa dar prosseguimento às obras de Jesus: o Cristo ressuscitado que vive e reina para sempre. Amém.

4° Domingo da Páscoa: Jesus se revela como bom pastor !

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O 4º Domingo da Páscoa, também chamado de Domingo do Bom Pastor - Dia de orações pelas vocações sacerdotais e religiosas.
O termo pastor ressoa na boca de Jesus como um título cristológico que fala simultaneamentede seu mistério e de sua missão, tendo raízes no Antigo Testamento. Com efeito, Iahweh é o Pastor que conduz o seu Povo, através de seus servos quais autênticos pastores nem sempre, porém, fiéis à missão.
Daí o tema no Antigo Testamento revelar um forte acento messiânico-escatológico, isto é, Deus haveria de suscitar um Pastor plenamente fiel ao serviço às ovelhas. Este pastor, segundo o coração de Deus, anunciado pelos profetas e esperado por Israel, é o Messias: Jesus. Ele se apresenta no Quarto Evangelho consciente não só de ser aquele pastor, mas também de que os que vieram antes dele eram ladrões e mercenários que dispersaram as ovelhas. Então,não só as reúne e defende, mas lhes dá a vida porque morre e ressuscita para isso.
Justifica-se, pois, a escolha do relato do Quarto Domingo da Páscoa, por esta nítida relação estabelecida entre o pastoreio de Jesus e o momentode sua morte e ressurreição. Aliás, esta entrega de si é que justifica o qualitativo bom acrescido ao pastor. Paulo VI percebeu a importância desta mensagem e fez deste Domingo uma Jornada Mundial de Orações pelas Vocações Sacerdotais e Religiosas.
Dessa maneira, enseja que à luz do Bom Pastor que dá a vida compreendamos, aceitemos evalorizemos as vocações especiais na Igreja. O melhor modo de valorizá-las é perceber suas necessidades. Quem precisa pede, ora, implora. Há, pois,uma pequena sutileza no pedido que fazemos a Deus. É claro que pedimos vocações. Mas, na realidade, suplicamos que Ele conceda o dom que motiva o coração humano para a entrega de si mesmo, aquela disposição do Bom-Pastor que dá a vida, sem o que a Redenção não se efetua. Este dom é pedido, hoje, pela Igreja ao seu Pastor Supremo, sem o qual não há nem vocacionados nem a expressão visível Daquele que redimiu e congregou o Rebanho.
A imagem do Bom-Pastor, plena de conteúdo salvífico, permite também que toda obra e ministério eclesiais sejam chamados de Pastoral porque os batizados, segundo os carismas que possuem, são vocacionados ao serviço, dando a vida pela causa Daquele que se entregou por nós. Portanto, a imagem desperta a generosidade e a disponibilidade dos cristãos para o serviço na Igreja e no Mundo, à semelhança do pastoreio de Jesus.

domingo, 8 de maio de 2011

3º Domingo da Páscoa: " FICA CONOSCO SENHOR "

Dois discípulos caminham em desolação, afastando-se da comunidade de Jerusalém. Jesus se aproxima deles e caminha com eles. Mas eles não O reconhecem. Um se conhece o nome: Cléofas e o outro não se especifica. Quero colocar no lugar dele o meu ou o seu nome. Muitas vezes, ficamos como que sem esperança, não percebemos a presença do Ressuscitado. Pergunte-se: Em que situações costumo ficar desolado? Como tenho reagido à desolação? Como deveria reagir?
Como Jesus perguntou aos dois, hoje também Ele pergunta a você. “O que andais conversando pelo caminho?” Eles respondem, tristes, nervosos, irritados: “Você não sabe o que aconteceu em Jerusalém nestes dias?” – “Que foi?” – “A morte de Jesus, o Nazareno… E nós que esperávamos que fosse Ele o libertador de Israel!” – “Como sois lentos para crer o que os profetas falaram! Acaso não era necessário que o Cristo sofresse, para entrar na Glória?” As palavras de Jesus acendem a esperança nos discípulos. Reflita: Na desolação, é bom abrir-se, confrontar-se com alguém.
“Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Cristo Ressuscitado entra para ficar com eles. À mesa, Jesus toma o pão, abençoa e lhes dá de comer. “Seus olhos se abriram, e eles o reconheceram”. Jesus desaparece da vista deles, mas fica no seu coração. “Não estava ardendo o nosso coração, quando ele nos explicava as Escrituras?” A experiência é tão extraordinária, que os discípulos precisam levar a notícia, naquela mesma noite, a Jerusalém.
Onde encontramos, hoje, a presença de Jesus? Na Palavra, nos Sacramentos, na comunidade, no serviço aos mais necessitados (pobres, doentes, crianças, idosos). Um recadinho para você: Em todas as situações, nunca se afaste da sua comunidade, da sua Paróquia. Permaneça nela, buscando Jesus com simplicidade. No apostolado, no serviço fraterno, somos um sopro de esperança para os outros, especialmente, o povo mais sofrido.
Jesus consola os Seus discípulos. E nós? O que temos buscado? “Consolar” ou “ser consolados”? Façamos como os discípulos de Emaús e peça: “Fica conosco, Senhor, porque anoitece”, a fim de que possamos reconhecê-Lo como fonte da verdadeira felicidade.
Padre Bantu Mendonça